Gateball

HISTÓRIA

Abalado com a derrota na 2ª Guerra Mundial e com suas grandes cidades devastadas, o Japão, nos anos seguintes a 1945, precisou de toda a força e espírito guerreiro de seu povo para se reerguer. A tarefa foi árdua e exigiu muitos sacrifícios. Enquanto pedreiros reconstruíam os prédios, médicos curavam os doentes e metalúrgicos recuperavam as indústrias. No meio desse enorme canteiro de obras em que se transformou o país, não faltou quem se preocupasse com as crianças, que também reclamavam seu espaço e o direito de se divertir.
Eiji Suzuki, um comerciante da província de Hokkaido, foi um dos pioneiros no trabalho com as crianças no pós-guerra. Em 1947, pensando nos pequenos, ele inventou um jeito novo de brincar, mesmo em meio ao caos.
A partir do críquete (esporte muito popular na Inglaterra), Suzuki idealizou um esporte chamado gateball. A grande vantagem da nova brincadeira era que o jogo não necessitava de muitos equipamentos (escassos na época) e nem de uma grande área para a prática da modalidade.
O sucesso foi imediato. Afinal, em um país que possui pouca área disponível e uma grande população, o novo esporte 'caiu como uma luva'.
Com o passar dos anos, o jogo que foi criado para embalar as crianças passou a ter grande aceitação também entre os adultos, principalmente os da terceira idade.

GATEBALL NO BRASIL - A prática da modalidade se expandiu e, no final dos anos 70, o gateball se espalhou por diversos países do mundo, chegando, inclusive, ao Brasil, por meio do japonês Matsumi Kuroki.
Em fins de 1978, Kuroki, que morava em São Paulo há 20 anos, foi ao Japão visitar o túmulo de seus antepassados e alguns amigos que ainda viviam na ilha. Ao se encontrar com um velho amigo, ele teve a oportunidade de assistir a um jogo de gateball e logo se interessou pelo esporte.

De volta a São Paulo, Kuroki tratou de espalhar a novidade por aqui. Em pouco tempo, o gateball também ganhava os corações da colônia japonesa no Brasil.
Atualmente, o número de adeptos do gateball no mundo é superiora 6 milhões de pessoas. No Brasil, a modalidade é praticada por mais de dez mil jogadores.

REGRAS

Com regras simples, uma partida de gateball --que pode ser disputada em qualquer superfície plana de terra, grama natural ou sintética, em um espaço de 15m x 20m-- é dividida em duas equipes de cinco jogadores.
Cada time têm a incumbência de fazer suas cinco bolas (nas cores vermelha ou branca) passarem sob três arcos (gates) dispostos no campo e, depois, acertá-las no goal pole (pino central). A duração do confronto é de 30 minutos.
No 1º Gate, a bola deverá passar com uma única tacada, dada na linha de partida. Se o jogador não conseguir o feito, deverá voltar à posição inicial e aguardar a próxima rodada. Se a bola passar o 1º Gate, mas cair fora da quadra, o atleta também terá que esperar a próxima rodada para começar tudo novamente.
Conseguindo a passagem pelo 1º Gate, o jogador terá direito a mais uma tacada na bola.

SAÚDE - O gateball não requer muito esforço físico, mas é um esporte de muita técnica e concentração. Além disso, com os movimentos executados durante uma partida, a modalidade proporciona uma melhor circulação sanguínea e uma intensa atividade mental.

Segundo os especialistas, as principais habilidades para um jogador de gateball são a calma, o pensamento ágil, a concentração e, claro, a boa pontaria.

FONTE:

http://jornal.valeparaibano.com.br/2005/04/03/espreg/gate1.html